Até agora construímos altares em toda a parte, reverenciando o Mestre e Senhor.
De ouro, de mármore, de madeira, de barro, recamados de perfumes, preciosidades e flores, erguermos santuários e convocamos o concurso da arte para os retoques de iluminação artificial e beleza exterior.
Materializando o monumento da fé, ajoelhamo-nos em atitude de prece e procuramos a inspiração divina.
Realmente, toda a movimentação nesse sentido é respeitável, ainda mesmo quando cometemos o erro comum de esquecer os famintos da estrada, em favor das suntuosidades do culto, porque o amor e a gratidão ao Celeste, mesmo quando mal conduzidos, merecem veneração.
Todavia, é imprescindível crescer para a vida maior. O próprio mestre nos advertiu, junto à Samaritana, que tempos viriam em que o Pai seria adorado em espírito e verdade. E Paulo acrescenta que temos um altar.
A finalidade máxima dos templos de pedra é a de nos despertar-nos a consciência. O cristão acordado, porém, caminha oficiando como sacerdote de si mesmo, glorificando o amor perante o ódio, a paz diante da discórdia, a serenidade à frente da pertubação, o bem à vista do mal. Não olvidemos, pois, o altar íntimo que nos cabe cosagrar ao Divino Poder e à Celeste Bondade.
Comparecer, ante os altares de pedra, de alma cerrada à luz e à inspiração do Mestre, é o mesmo que lançar um cofre impermeável de trevas à plena claridade solar. Se ondas luminosas continuam sendo ondas luminosas, as sombras não se alteram igualmente.
Apresentemos, portanto, ao Senhor as nossas oferendas e sacrifícios em quotas abençoadas de amor ao próximo, adorando-o, através do altar do coração e prossigamos no trabalho que nos cabe realizar.
retirado do livro Fonte Viva, texto de Emmanuel, psicografia de Francisco Cãndido Xavier.
hasta la vista!

Nenhum comentário:
Postar um comentário