Eu durmo, tu dormes
Continuamos entorpecidos, alheio a tudo a nossa volta
Ignoramos as pessoas e suas necessidades
Visualizamos apenas o nosso momento letárgico
Sentados na cadeira da inércia, estiramos as pernas no descanso da imobilidade
tomamos o suco da preguiça, vemos a vida passar num filme em câmara lenta
Sem coragem de se levantar
Confortavelmente entorpecido
Esse estado letárgico destrói vidas e esperanças
A afetividade é sufocada até a morte
As amizades se tornam chatas e insensíveis diante da nossa inércia
O amor resiste?
Vemos diariamente a violência destruir a nossa sensibilidade
Insensíveis, continuamos impassivos diante deste quadro de horror
Nos violentamos diariamente quando nos afastamos
Não praticamos o amor que nos uniu
Confortavelmente entorpecidos
Precisamos de coragem para sair do ópio viciante
Despertar para a vida.
autor: Paulo Bonfim, em 29/07/2000 as 00:43 mim.
essa a minhas poesias da antigas, quando nem sempre meu relacionamento funcionava direito, esse poema foi inspirado na música Comfortably Numb, do Pink Floyd e num momento de deprê acentuado.
hasta la vista!