terça-feira, 23 de junho de 2009

Prisão

Quando amamos conhecemos a grandeza do Amor.
A transformação que opera em nós, modifica-nos a alma, encolhendo os nossos sentimentos egoístas.
Tudo é ventura, paz e tranquilidade.
Mas a Providência Divina sabe que na ventura egoísta não colhermos nem semeamos nada.

Estamos extasiados demais para perceber que o amor é muito maior que nossas limitações podem perceber.
O Amor verdadeiro só estará ao alcance daqueles suarem por ele.
Não devemos subestimar esse sentimento, mesmo que nesse momento procuramos a ilusão da solidão.
Não devemos represar o amor, construir muros, aprisionar ou ainda esquecermos que podemos amar e sermos amados.

Sob pena de não termos mais a energia renovadora que modifica, transforma, alimenta o espírito.
Por que então recursamos semelhante ventura?
Só pelo amor de Deus somos perdoados infinitas vezes.
O Amor verdadeiro semeia, planta e colhe amor verdadeiro, solidão só colhe solidão.

Mas há campos que não estão aptos a semelhante semeadura.
Não devemos ser cegos para não ver que há outros campos.
Não devemos ser surdos para não ouvir o seu chamado.
Não devemos ser mudos, para dizer Eu te Amo.

Negando o amor, negamos a nós mesmos.
Negamos a existência superior que nos ama tanto.
Carnal, maternal, fraternal, são as faces sagradas do amor.
Todas eles tem seu objetivo.

E tem que ser cumpridas, não impostas quando nos recusamos.
Depois de toda tempestade há sempre a luz do Sol para iluminar-nos o caminho.
Não construa muros, nem prisões no coração.
Construa esperanças, remove o tormento íntimo, não deixe que ninguém lhe tire isso.

O Amor é para todos, assim como o Sol.
Poucos conseguem tê-lo, muitos o desejam.
Não feche a maior porta da sua vida.

autor: Paulo Bonfim 14/01/1997 as 16:15 min.

hasta la vista


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