O Centurião

Assim caminha o centurião

Vindo pelo túnel escuro com passos decididos
Coma a lama cobrindo sua reluzente armadura
No meio dos legionários ele encontra
O amigo de hoje, na armadura de ontem
Cansado, extenuado da batalha que nunca acaba

O dia está cinzento, chuvoso
Lágrimas de Deus pela guerra insana
Sob a trincheira coberta de lama
Ele olha desolado para os seus legionários
Todos lhe buscam solicitando apoio e proteção
E ele retribui o olhar firme e enérgico
Transmitindo-lhes o apoio e a coragem necessária
Dizendo-lhes "tudo vai dar certo"

Olhando para cima
Sente a lágrimas de Deus sob seu rosto
O tempo voa, ele acorda
Num mundo diferente, se pergunta
Onde estou?
E a saudade aperta fundo no peito
Quando vê diante de si a armadura reluzente.

autor : Paulo Bonfim.

hasta la vista